Tuesday, January 30, 2007

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“ Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”

Não deixes de votar!

Vota Sim! Vota Não!
Mas vota!


http://joc.blogspot.com

A marcha dos desalinhados: Aborto?? Sim! Não!???


A marcha dos desalinhados: referendo a 12 de Fevereiro

Registaram-se 15 grupos de cidadãos pelo “não” e 5 pelo “sim” para participar na campanha sobre a despenalização do aborto.
Muitos são os argumentos utilizados a favor do “sim”, tais como, “ as mulheres terão todas as condições para praticar o aborto antes das10 semanas”, “as mulheres não devem ser presas , porque ninguém faz um aborto de ânimo leve”. Logo, ouvimos e vemos as campanhas protagonizadas pelas vozes discordantes, “a morte dos indesejados” , “estamos a matar uma vida”, “estamos a contribuir com os nossos impostos para financiar clínicas de aborto”.
Ouvimos muitas vozes, aqueles que querem ouvir (porque ainda existe uma grande fatia do bolo da população portuguesa que vive alienada perante esta questão e outras) cada plataforma a defender os seus argumentos. No entanto, são muito poucos aqueles que esclarecem de forma eficaz e imparcial os portugueses, sem tomar posições ideológicas ou mesmo partidárias.
Esta foi a razão que levou alguns dos nossos grupos a reflectirem sobre esta questão, colocando de parte todas as ideias preconcebidas e tentar encontrar algumas respostas, sem no entanto haver um julgamento das crenças religiosas de cada um.
O facto de sermos católicos, não deve ser um obstáculo a uma reflexão mais profunda. A igreja tem medo de formar as pessoas para que estas façam as suas opções, por isso surge, neste contexto em particular, como uma instituição castigadora. Por amor a esta Igreja, ao projecto de Jesus Cristo , é preciso ajudar as pessoas a reflectirem e a assumirem os seus próprios actos , estando conscientes da suas opções .
Todos somos a favor da vida, mas que vida vamos dar a estas crianças?
A pergunta que aparecerá no boletim de voto é a seguinte:
“ Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”

A nossa reflexão começou por salientar que a decisão não é apenas da mulher, mas sim do casal, pois conceber é uma dádiva do homem e da mulher.
Tentámos responder a algumas questões:
O que leva uma mulher a fazer um aborto?
· Não querer o filho: em alguns casos, a mulher vê de forma natural o aborto, recorrendo a este sempre que tem uma gravidez indesejada (esta situação não está relacionada apenas com as mulheres que têm fracos recursos económicos);
· A pressão exercida por um dos elementos do casal: esta decisão muitas vezes não se prende com a situação económica, mas com o facto e vir a alterar os planos de vida do casal;
· O medo de perder o marido, o namorado ou o companheiro;
· O aborto como meio contraceptivo e usado de forma leviana.




Causas:
- falta de planeamento familiar eficaz;
- falta de uma educação sexual;
- falta de condições socio-económicas;
- egoísmo, não querer alterar os projectos pessoais;
- o medo e vergonha de se enfrentar a gravidez;
- medo de se ser despedido ou não arranjar trabalho.

Consequências físicas e psicológicas para a mulher que o faz:
- impossibilidade, em alguns casos, de voltar a engravidar;
- discriminação sofrida pela mulher que opta por um aborto,
- serem feitos em locais com poucas condições;


Quais são os valores que estão em causa?
- valor da vida;
- dignidade da vida ( pessoa que aborta e da criança)
- liberdade de escolha;
- a questão do perdão: a parábola da samaritana é um bom exemplo desta ideia da importância de ouvir primeiro, antes de julgar. Estas mulheres precisam ser ajudadas e não condenadas, foi a atitude de Jesus perante a mulher surpreendida em adultério: “ Alguém te condenou?... Eu também não te condeno. Vai e doravante não tornes a pecar.

Todos somos a favor da vida. Esperamos que este referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez leve a sérias transformações na sociedade, independentemente dos resultados.
Deixamos alguns apontamentos para reflectires!

E depois do sim à interrupção voluntária da gravidez?
Qual o acompanhamento que vai ser feito? O Estado vai apenas executar a interrupção voluntária da gravidez ou ajudar a reflectir?
Vai aumentar o número efectivo de abortos?
Vai ser usado como um meio contraceptivo?

Quais as mudanças se o não ganhar?
O que estamos dispostos a mudar na educação, no planeamento familiar para ajudar a resolver esta situação?
Enquanto Igreja que somos, o que podemos fazer?


Andamos tão preocupados em arranjar argumentos para a nossa causa que nos esquecemos de combater o maior problema deste referendo – a abstenção. Para que este referendo seja vinculativo tem que haver uma abstenção menor que 50%.

Não deixes de participar! Vota sim ou não, mas vota!

Alguns blogs e sites que podes consultar:
http:// deus_amor. blogspot.com
http: // aborto.aaldeia.net
http://www.midiasemmascara.com.br/.
http://www.jovenspelosim.org/

http://foruns.iol.pt/forums/show/15.page