Wednesday, March 21, 2007

Jovens precisam-se!

És divertido? Gostas de fazer amigos? Interessas-te pelos problemas do mundo e gostarias de mudá-lo? Tens entre 15 e 25 anos? Então este post é para ti!
Na Marinha Grande realizam-se reuniões de jovens aos sábados por volta das 11h (de 15 em 15 dias) e pretendemos igualmente formar um grupo de jovens em Leiria. Se estás interessado contacta joc.leiria@clix.pt e descobre um novo mundo!

Sunday, March 18, 2007

Porque a gravata ainda faz a diferença...

Todos sabemos que a grande fatia dos desempregados são jovens licenciados. E que já é normal ver um licenciado a servir um café, como caixa,...A executar outros trabalhos diferentes daqueles para os quais se formou. Mas não menos dignos!

Foi por isso que senti alguma revolta, quando assisti a uma conversa entre um grupo de professoras.

No âmbito da generalização do ensino de inglês no 1º ciclo, foram muitos os professores que viram nestas poucas horas leccionadas por semana, num contrato de prestação de serviços, a solução para continuarem a sonhar... fazer o que gostam- ensinar!
Este trabalho em part-time não nos permite pagar as contas ao final do mês. Somos muitos, os que nesta situação, recorrem a um segundo emprego.

Foi o caso de uma professora que está a dar aulas de inglês no 1º ciclo na região centro, procurou outro emprego. Está a trabalhar na Casa das Sandes num centro comercial e dá aula de inglês.

Uma funcionária da escola, resolveu ir perguntar às professora titular da turma, se a professora de inglês daquela turma, não era a mesma rapariga que estava a fazer sandes no centro comercial. ( Sim!Mas disse-o de uma forma irónica !)
Querem saber qual foi a resposta da professora?!
- Pois é, D. Alice(nome fictício). Já viu! Agora já qualquer pessoa pode ser professora de inglês . Até quem faz sandes!(...)
Após ouvir este comentário, senti-me revoltada e pensei que pequeninas e preconceituosas são estas pessoas que medem a competência e o saber pela farda que se usa!

Empresa de trabalho temporário = vida temporária

Entrevista a um jovem que hipotecou a vida nas empresas de trabalho temporário
22 anos
12º ano

1. Razões pela qual recorreu às empresas de trabalho temporário
- não ter de andar de empresa em empresa a procurar trabalho, pois as empresas contactam as empresas de trabalho temporário e quem estiver lá inscrito habilita-se a ser chamado;
- a falta de experiência, pois tinha acabado de concluir o 12º ano

2. O contrato de trabalho
- o contrato é feito directamente com a empresa de trabalho temporário, nele figuram as horas de trabalho, os direitos e deveres, a remuneração e outros pontos específicos;
- este contrato só é assinado no acto de pagamento de cada período de trabalho, para que a empresa não tenha compromissos com o trabalhador pois não se sabe quantos dias vamos trabalhar.

3. Horário de trabalho
- o trabalhador é obrigado a fazer os horários estabelecidos pela fábrica onde vai prestar os seus serviços (8 h diárias);
- na empresa onde trabalho, não são respeitados as pausas para o lanche. Neste momento encontro-me a fazer dois turnos, das 5 da manhã até às 13h e das 13h às 21h, tendo só um a pausa de 10m , o que nem dá para mastigar o lanche.

4. Conciliação do trabalho com outros compromissos
- Em termos financeiros, não posso assumir compromissos, pois não tenho um trabalho fixo , não sei quantos dias irei trabalhar naquele mês ou naquela semana, de um momento para o outro posso estar de novo desempregado;
- Tenho conseguido conciliar o meu trabalho com algumas responsabilidades que tenho na JOC , pois nesta empresa onde me encontro, Não trabalho aos fins-de-semana.
5. Expectativas para o futuro
Não tenho grandes expectativas. Quero ver se vou fazer os exames nacionais de acesso ao Ensino Superior, se não conseguir realizar um estágio profissional na área na qual me formei – Técnico de Gestão Agrícola.
Como última opção é procurar trabalho numa empresa, para não depender das empresas de trabalho temporário.
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Devagar , devagarinho ...alteração à lei da despenalização do aborto!

Como o ditado popular diz “ devagar , devagarinho se vai ao longe”, parece-nos que o primeiro –ministro levou o ditado à letra e remeteu-o para a questão do referendo.

Após uma campanha fortíssima, em que todos os argumentos foram utilizados para levar as pessoas a dizerem sim ou não, abrimos as urnas e soubemos que o sim ganhou.

Não interessa se concordamos ou não, se o nosso voto foi nesse sentido. Neste momento, outras questões mais prementes estão em cima da mesa. E parece que após um mês, nada foi feito. Até mesmo a sociedade parece ter esquecido este assunto.

Existe a forte possibilidade de esta nova lei só entrar em vigor daqui a um ano, se as previsões dos burocratas se confirmarem. Aprovado o referendo, a fase seguinte é a da aprovação da lei na Assembleia da República. Actualmente, existe um projecto de lei do PS, que foi aprovado na generalidade em 20 de Abril de 2005. Agora segue-se o debate na especialidade e posteriormente o debate e aprovação no plenário da AR. O que acontece neste período de transição? Até ao final do ano vai continuar a haver abortos clandestinos!

Algumas questões continuam a não estar muito claras para nós, por isso tentámos encontrar algumas respostas. De ressalvar que estas respostas têm em conta o projecto lei que ainda não foi aprovado.

1. Perante a nova lei o que acontece às mulheres que abortem depois das 10 semanas?
Vão continuar a ser penalizadas, salvo nos casos previstos na lei actual. Alguns políticos defendem que estas mulheres, em vez de serem presas deveriam prestar serviço comunitário numa instituição de apoio à maternidade.

2. Os médicos podem recusar fazer um aborto?
Sim, podem fazer isso, invocando a objecção de consciência. Mas vão ser rigorosamente acompanhados , de forma a que aqueles que se recusem fazer abortos no serviço público, não o façam no particular.
Será possível controlar isto?

3. Os abortos vão ser gratuitos?
Não. Terá de ser paga uma taxa moderadora.

4. Onde vão ser feitos os abortos?
De acordo com o Governo, deverão ser feitos no SNS ou em estabelecimentos de saúde devidamente autorizados, ou seja clínicas e hospitais privados. Será que o SNS terá capacidade de resposta? Será que outros interesses financeiros não se vão tornar mais importante? O nosso sistema de saúde tem uma média de 6 meses para efectuar operações que estão em lista de espera, pergunto-me como é que este sistema de saúde conseguirá dar resposta...